A Estratégia da Bicicleta está sendo desenvolvida através da metodologia da Árvore de Problemas, que é um organograma que sistematiza a realidade atual da mobilidade por bicicleta no Brasil, partindo de um problema central a ser resolvido (tronco), onde as raízes da árvore representam a realidade e os desafios a serem superados para alterar a realidade (folhas).

A analogia é de que é necessário modificar o que alimenta a árvore (nas raízes) para que as folhas floresçam da melhor forma possível.

Precisamos entender a realidade para que seja possível agir da melhor forma possível para alterá-la.

A Estratégia é uma construção coletiva das organizações que compõem o Grupo Gestor, levando em conta os desejos e experiências de diversas organizações e pessoas que trabalham com o tema no país. Seu documento final terá ações sob responsabilidade de todos os setores (poder público, setor produtivo e sociedade civil), o que for de competência do poder público, bem como os caminhos necessários para que os demais setores colaborem com a execução do Programa, será proposto que seja regulamentado através do Programa Bicicleta Brasil.

Etapas

1. Árvore de Problemas

O problema central da nossa árvore é o Baixo uso da bicicleta na mobilidade urbana no Brasil.

São 62 problemas reunidos em oito raízes temáticas que sistematizam os desafios a serem superados para transformar a realidade. A medida que cada um deles forem resolvidos, a realidade será alterada. Quando todos estiverem solucionados teremos um país com muito mais segurança e conforto para quem pedala.

A Árvore de Problemas representa um recorte da realidade brasileira da ciclomobilidade, que foi elaborada pelas pessoas presentes na Oficina Bicicleta Brasil e posteriormente revisada pelo Grupo Gestor. Ela poderá ser alterada ao longo do tempo, a partir do momento que novas leituras forem realizadas e novos desafios identificados.

2. Aprofundamento – Estágio atual

Com esta sistematização o passo seguinte é entender cada um dos desafios apresentados, de forma a saber o que os gera, para então identificar as possibilidades de ações que são possíveis de serem realizadas para resolvê-los ou mitigá-los. São estas ações que vão compor a agenda da ENABICI.

Por exemplo: o problema 7.3 – Planejamento cicloviário não é suficientemente participativo – é preciso entender o porquê isso acontece, pode ser em decorrência da falta de interesse da população, da falta de interesse dos gestores públicos, do não conhecimento da população dos espaços disponíveis para a participação, de uma ausência de metodologia que dê conta de promover uma participação adequada, e por aí vai.

É possível enumerar diversas possíveis causas deste problema, cada uma dessas possibilidades precisa ser analisada para saber se são ou não verdadeiras. Com as causas identificadas é possível identificar quais são as mais relevantes e, principalmente, quais são possíveis de serem alteradas e como agir, o que fazer, para tal.

Devido à complexidade, número de problemas e capacidade de trabalho, o Grupo Gestor priorizou 25 desafios a serem aprofundados em um primeiro momento, a medida que a ENABICI avançar, os demais problemas serão desenvolvidos e suas ações alimentarão a Estratégia.

3. Definição da agenda de ações e indicadores

Sabendo como agir sobre os problemas, o passo seguinte é consolidar todas as ações em uma agenda coerente e realista a ser executada até 2030.

Identificando os atores e setores responsáveis, bem como os indicadores, que são os marcos que nos permitirão saber que a ação foi efetiva e que o seu objetivo foi alcançado.

4. Consulta pública

De forma a garantir a participação social na construção da ENABICI, será realizada uma consulta pública para colher contribuições ao documento final que serão analisadas pelo Grupo Gestor.

Foto por Kaique Rocha
Foto por Malcoln Oliveira

5. Linha de base e metas

Para definir as metas que queremos alcançar, precisamos conhecer a realidade atual.

Não adianta ter como meta dobrar o número de pessoas pedalando nas ruas se não sabemos quantas pedalam hoje. Dessa forma, uma grande pesquisa deverá ser realizada para levantar estes dados.

6. Documento final

Publicação e divulgação do documento final.

Foto por Tiago Bacci

7. Execução

Apesar da Estratégia ser construída em conjunto com o poder público, isso não significa que ela será implementada.

É preciso que todas as organizações e pessoas que a construíram e nela acreditam realizem incidência junto aos gestores e gestoras para que ela se torne realidade.

Até 2030 a incidência e o monitoramento deverão ser constantes, de forma a garantir a sua efetivação e para corrigir o caminho ao longo da execução.

Metodologia

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